Antes eu tivesse mesmo jogado fora as fotos de nós dois, como se eu soubesse que reviver você não me faz bem. Perco toda noite minha sobriedade, quando vago embalado pela noite, buscando em cada rosto um sorriso seu, encontro todo tempo um vazio ao meu lado de um amor pra chamar de meu.
Atropelando o tempo querendo encontrar alguém que me faça tão bem como voce me faz, esperando achar alguém que ocupe seu lugar só vejo a certeza que nenhuma boca além da sua me satisfaz.
Assim me enganando, vou bebendo vou sorrindo vou cantando alimentando falsas paixões, conhecendo outros corações lutando para sobreviver, enquanto a sua presença não consigo esquecer.

É incrível todo esse sentimento, e totalmente contraditório de aplica-lo em papel. Já perdi as contas, de quantas e quantas vezes tentei esquecer, tentei seguir em frente, mas não sei, parece que não me cabe, transborda, muitas lembranças me vem a cabeça. Uma delas são seus olhos me fitando, com aquele riso bobo seu..Eu sentada em frente o restaurante de comida japonesa, te esperando fazer seus gostos e voltar a se sentar ao meu lado. Eu me sentia viva, ao mesmo tempo zelava por você.. nunca quis te perder, sempre te quis ali, sentado do meu lado, me fazendo rir sem motivos, me perdendo no seu mundo.. Hoje fico só com seus retalhos, o som de um violão.. um poema mal dito e bem compreendido.. uma palavra, uma expressão, um banco azul.. Entre nós há um vazio, e em mim está cheio.... de você!

Eu tenho medo de mim. Medo porque eu sempre faço as coisas erradas, traço os caminhos mais errôneos possíveis e ando tropeçando em pretéritos mortos. O que vai me salvar desse suicídio interno? Essa alma não é minha. Perdi tudo que eu tinha de bom. Eu ando por aí com um capuz escondendo o rosto, tentando proteger-me de um mostro que nem sequer está lá fora. Dois sóis e chocam e explodem o mundo; céus lutam, as estátuas choram lágrimas de cristal e eu to confusa de novo. Eu olho pro céu e a cada espaço negro eu vejo meus pedaços, e tão olhando pra mim como se eu fosse repugnante. E talvez eu seja mesmo. Tudo dói e eu só sei me lamentar; ninguém mais aguenta ouvir minhas lamurias e eu ando me segurando em pequenos resquícios de vida alheia. Eu pulo, danço, canto, mas eu ainda tô vazia. A tristeza é bonita, eu sei, mas hoje me disseram que o mundo não vive de beleza. E não vive mesmo. Eu tô querendo explodir, sabe. Como fogos de artifício, mas eu nao brilho. Enfim, é isso ai que queriam saber! 

Ela que suportastes diversas situações, e também já transbordastes de tanta euforia de suas águas. Chegando assim a algum nível de competência, suportando tudo ali no seu lugar, entre dias agitados e serenos.. Muitas pessoas por ela passaram, mas poucos souberam reconhecer sua função. Agradando apenas aqueles que souberem observa-lá com calma.

Será possível a volta das águas que por debaixo daquela ponte já passaram?

Quem se importa com a cor da blusa que escolhi para hoje? Na verdade preferia que se importasse comigo, com a cor que acordei, com a cor que meus olhos estão refletindo, com a cor que amanheceu pintado o meu coração. A blusa só serve para cobrir o corpo, esse objeto condutor de prazer e que serve para transportar minha alma de um canto a outro. Mas você não percebe que o único lugar que queria deixar minha alma é em você. E que hoje ela amanheceu descolorida, suplicando por vida. Tanto faz a cor da minha blusa, se minh’alma desbotou :( 

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"Pois bem, só me resta continuar o que antes já era acostumada a ver. Quando vivia sem ao menos imaginar que um dia iria te conhecer. Não adianta, você se foi. E agora, mesmo que os momentos queiram permanecer em meus pensamentos, devo aceitar. Aceitar que têm coisas que ficam para trás, mas há outras que comigo sempre irão estar. Está na essência, no coração. É sorrir novamente e continuar a amar."

"Vem sempre que puder, que quiser, que precisar. Vem que eu te escuto, te protejo, te cuido, te mimo, te amo."