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domingo, setembro 9

Eu tenho medo de mim. Medo porque eu sempre faço as coisas erradas, traço os caminhos mais errôneos possíveis e ando tropeçando em pretéritos mortos. O que vai me salvar desse suicídio interno? Essa alma não é minha. Perdi tudo que eu tinha de bom. Eu ando por aí com um capuz escondendo o rosto, tentando proteger-me de um mostro que nem sequer está lá fora. Dois sóis e chocam e explodem o mundo; céus lutam, as estátuas choram lágrimas de cristal e eu to confusa de novo. Eu olho pro céu e a cada espaço negro eu vejo meus pedaços, e tão olhando pra mim como se eu fosse repugnante. E talvez eu seja mesmo. Tudo dói e eu só sei me lamentar; ninguém mais aguenta ouvir minhas lamurias e eu ando me segurando em pequenos resquícios de vida alheia. Eu pulo, danço, canto, mas eu ainda tô vazia. A tristeza é bonita, eu sei, mas hoje me disseram que o mundo não vive de beleza. E não vive mesmo. Eu tô querendo explodir, sabe. Como fogos de artifício, mas eu nao brilho. Enfim, é isso ai que queriam saber! 

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